A Moody’s, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, rebaixou nesta segunda-feira (02/06) a perspectiva da economia brasileira de positiva para estável, mantendo a nota em Ba1 (um nível abaixo do grau de investimento). A decisão reflete preocupações com a situação fiscal do país, o aumento da dívida pública e a lentidão em reformas econômicas essenciais.

Neste artigo, você vai entender:
✔️ Por que a Moody’s rebaixou a perspectiva do Brasil?
✔️ Quais os impactos para a economia e os investidores?
✔️ Qual a resposta do governo brasileiro?
✔️ O que esperar do futuro da classificação de risco do Brasil?


Por que a Moody’s rebaixou a perspectiva do Brasil?

A agência de rating destacou três fatores principais para a mudança na perspectiva:

  1. Déficit fiscal e aumento da dívida pública
  • A dívida bruta do Brasil subiu para 76,2% do PIB em 2025, pressionando as contas públicas.
  • O governo enfrenta dificuldades para reduzir gastos obrigatórios, como Previdência e benefícios sociais.
  1. Juros altos e custo da dívida
  • Com a Selic em 14,75% ao ano, o serviço da dívida consome parte significativa do orçamento federal.
  • A Moody’s alerta que, sem controle fiscal, o país pode perder espaço para investimentos essenciais.
  1. Reformas econômicas insuficientes
  • Apesar da aprovação da reforma tributária, outras medidas, como a revisão de subsídios e desvinculações orçamentárias, ainda estão emperradas.

Impactos do Rebaixamento da Perspectiva para a Economia

Aumento do custo da dívida pública: Bancos e investidores podem exigir juros mais altos para emprestar ao Brasil.
Pressão sobre o câmbio: O dólar pode se valorizar frente ao real, impactando importações e inflação.
Menor atratividade para investidores estrangeiros: A decisão pode afastar capital externo da Bolsa e títulos públicos.


Resposta do Governo Brasileiro

O Ministério da Fazenda afirmou que está comprometido com o ajuste fiscal e citou medidas como:

  • Aumento do IOF para arrecadar R$ 19 bilhões em 2025.
  • Negociações no Congresso para aprovar novas reformas.

Já a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) minimizou o impacto, destacando o crescimento de 3,4% do PIB em 2024 e a queda do desemprego.


O que Esperar do Futuro?

A Moody’s sinalizou que pode elevar a nota do Brasil se houver:
🔹 Controle da dívida pública
🔹 Avanço em reformas estruturais
🔹 Redução do déficit primário

Porém, se o país não avançar nessas áreas, novos rebaixamentos podem ocorrer, afastando ainda mais o Brasil do grau de investimento.


Conclusão: O Brasil Precisa de Reformas Urgentes

O rebaixamento da perspectiva pela Moody’s reforça a necessidade de o governo acelerar ajustes fiscais e reformas econômicas. Enquanto o país mantiver uma trajetória de dívida crescente e juros altos, o risco de novas revisões negativas permanece.

Fique atento às próximas atualizações!


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