Agropecuária avança 12,2% e setor de serviços também contribui para resultado positivo; país se destaca entre as maiores economias mundiais
Desempenho trimestral
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao último trimestre de 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE. O resultado foi puxado principalmente pelo setor agropecuário, que avançou 12,2%, beneficiado por condições climáticas favoráveis e uma safra recorde de soja.
O setor de serviços também apresentou crescimento (0,3%), enquanto a indústria manteve-se estável, com leve recuo de 0,1%. Em valores correntes, a economia brasileira movimentou R$ 3 trilhões no período.
Comparação anual e acumulado em 12 meses
Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, o PIB cresceu 2,9%, marcando o 17º trimestre consecutivo de expansão. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 3,5%, colocando o Brasil como a quinta economia que mais cresceu entre as 20 maiores do mundo, atrás apenas de Índia, China, Indonésia e Cingapura.
Destaques por setor
- Agropecuária: Alta de 10,2% na comparação anual, com destaque para soja (+13,3%), milho (+11,8%) e arroz (+12,2%).
- Indústria: Crescimento de 2,4% na base anual, liderado pela construção civil (+3,4%) e indústria de transformação (+2,8%).
- Serviços: Todos os segmentos registraram alta, com destaque para informação e comunicação (+6,9%) e atividades imobiliárias (+2,8%).
Perspectivas e desafios
O governo federal mantém a projeção de crescimento de 2,4% para 2025, apesar de o mercado financeiro esperar uma desaceleração no segundo semestre devido aos juros elevados e incertezas fiscais.
O consumo das famílias cresceu 1% no trimestre, enquanto os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) avançaram 3,1%, impulsionados pela importação de plataformas de petróleo e desenvolvimento de softwares.
Posição global
O Brasil superou economias como Estados Unidos (+2,1%), Alemanha (0,0%) e França (+0,6%) no acumulado dos últimos 12 meses, reforçando sua recuperação econômica em meio a um cenário global de desaceleração.
Próxima divulgação: O IBGE deve publicar os dados do segundo trimestre em 2 de setembro.
Fontes: IBGE, Ministério da Fazenda, análise de mercado.