Tribunal de Apelações reativa tarifas de Trump sobre importações, incluindo aço, alumínio e automóveis, enquanto o caso segue em análise.
Washington, D.C. — O Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito Federal decidiu, nesta quinta-feira, restabelecer temporariamente as tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente Donald Trump. A decisão suspende o bloqueio anterior determinado pela Corte Internacional de Comércio, que havia considerado as tarifas ilegais por excederem os poderes do Executivo.
As tarifas, aplicadas originalmente durante o governo Trump, incluem sobretaxas de 25% sobre produtos como aço, alumínio e automóveis, além de medidas contra importações de 185 países. Elas haviam sido justificadas como uma resposta a práticas desleais e como parte de uma estratégia para combater o tráfico de fentanil, segundo o governo anterior.
Com a decisão, as tarifas permanecem em vigor temporariamente, enquanto o tribunal analisa o mérito do caso. As partes envolvidas foram orientadas a apresentar suas respostas até o dia 5 de junho, com a réplica da administração prevista para o dia 9 de junho.
A medida reacende o debate sobre os limites do poder presidencial na definição de políticas comerciais e o impacto dessas tarifas sobre a economia global. Peter Navarro, ex-assessor econômico de Trump, defendeu a possibilidade de que a Casa Branca aplique novas tarifas mesmo diante de uma derrota judicial, reforçando o compromisso com a agenda econômica do ex-presidente.
A decisão do tribunal representa mais um capítulo na batalha sobre as tarifas de Trump e suas consequências para o comércio internacional. Por enquanto, as tarifas seguem ativas, afetando setores como o industrial, o agrícola e o de tecnologia, além de provocar tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e diversos países afetados.
O futuro dessas tarifas ainda é incerto, mas a decisão de hoje marca uma vitória temporária para a política protecionista iniciada por Trump e uma preocupação para empresas e consumidores que já sentem os efeitos do aumento de custos.