Queda do Dólar Após Acordo Entre EUA e China: Mercado Reage com Otimismo

O dólar registrou queda significativa após o anúncio de um acordo comercial entre EUA e China. Entenda os impactos no câmbio, bolsas globais e economia brasileira. Análise completa com projeções para os próximos meses.

Introdução: O Impacto do Acordo EUA-China no Mercado Financeiro

O dólar apresentou uma queda expressiva nesta semana após o anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, que suspendeu temporariamente as tarifas impostas durante a guerra comercial iniciada pelo governo Trump. A moeda norte-americana, que vinha em alta nos últimos meses, caiu para R$ 5,60, o menor patamar desde outubro de 2024.

Este movimento foi impulsionado pelo alívio dos investidores, que temiam os efeitos de uma guerra comercial prolongada na economia global. Além disso, fatores como a inflação controlada nos EUA e a expectativa de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed) contribuíram para a desvalorização do dólar frente a moedas emergentes, como o real brasileiro.

Nesta análise, exploraremos os detalhes do acordo, os motivos da queda do dólar, o cenário no Brasil e as projeções para o câmbio nos próximos meses.

O Acordo Comercial EUA-China: Uma Trégua Temporária

Redução de Tarifas e Impacto Imediato

No último fim de semana, autoridades dos Estados Unidos e China se reuniram em Genebra, Suíça, para negociar uma redução nas tarifas comerciais que vinham sendo aplicadas mutuamente desde abril de 2025. O acordo resultou em:

  • Redução das tarifas dos EUA sobre produtos chineses de 145% para 30%.
  • Diminuição das tarifas chinesas sobre produtos americanos de 125% para 10%.

Essa medida tem validade de 90 dias, configurando uma trégua temporária na guerra comercial que ameaçava a estabilidade da economia global.

Reação dos Mercados Internacionais

O anúncio foi recebido com otimismo pelos investidores, levando a:

  • Valorização das bolsas globais, com destaque para o S&P 500 (+3,26%) e Nasdaq (+4,35%) nos EUA.
  • Alta no Hang Seng (Hong Kong), que subiu 2,98%, refletindo a confiança no comércio sino-americano.
  • Queda do dólar frente a moedas emergentes, incluindo o real brasileiro, que se fortaleceu para R$ 5,60, menor valor em sete meses.

Por Que o Dólar Caiu? Fatores Externos e Internos

1. Alívio nas Tensões Comerciais

A guerra comercial entre EUA e China vinha gerando incertezas no mercado, pressionando o dólar para cima devido à busca por ativos seguros. Com o acordo, os investidores migraram para moedas de países emergentes e ações, reduzindo a demanda pela divisa americana.

2. Inflação Controlada nos EUA

A divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) mostrou uma inflação de apenas 0,2% em abril, abaixo do esperado. Isso aumentou as expectativas de que o Fed possa cortar os juros ainda em 2025, enfraquecendo o dólar.

3. Melhora no Cenário Fiscal Brasileiro

No Brasil, a valorização do real foi impulsionada por:

  • Sinalização do Copom de que o ciclo de alta dos juros pode estar perto do fim, com a Selic mantida em 14,75%.
  • Recuperação das commodities, como minério de ferro e petróleo, que subiram com a perspectiva de maior demanda chinesa.

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